Locomotiva EMD SD40-2 #403 EFC _ Ednardo

A Locomotiva SD40-2, fabricada pela Electro Motive Diesel - EMD, tornou-se um grande sucesso de vendas atingindo a marca de 3957 unidades fornecidas à ferrovias dos Estados Unidos, Canadá, México e Brasil desde o início de sua produção em 1972 até 1986 quando deixou de ser produzida. Burlington Northern e Union Pacific foram os principais clientes desse modelo da EMD.

Modelo de alta potência para o mercado norte-americano eram destacadas principalmente para o transporte de carvão e carga geral.
SD40, o 645 turbo-alimentado, mas o peso foi elevado para 180 toneladas.



A Estrada de Ferro Carajás - EFC, foi projetada e construída para utilização de locomotivas de grande porte, de até 30 toneladas por eixo. No início de suas atividades encomendou locomotivas C30-7 da GE e SD40-2 da GM. As 10 primeiras SD40-2 que chegaram à EFC foram produzidas em Araraquara/SP na Villares sob licença da EMD. Posteriormente a Villares entregou novo lote com dezenove unidades da SD40-2 à EFC, produzidas sem nenhuma alteração no projeto, portanto, idênticas às SD40-2 norte-americanas.




Além de se destacar no transporte dos pesados trens de minério da EFC, as SD40-2 também representam importante papel no transporte de passageiros tracionando o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Carajás (EFC) em atividade desde 1986, que conecta os estados do Maranhão e do Pará, passando por 25 localidades, entre povoados e municípios. Além de seguro e eficiente, o serviço tem passagens até 50% mais baratas do que o transporte rodoviário e, por isso, é a escolha de cerca de 1.300 passageiros por dia. (fonte:www.vale.com Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Carajás)



SD40-2 EFC #415 manobrando em pátio da EFC



Antes da pintura bege e marron, as SD40-2 rodavam no 1º padrão de pintura da EFC baseado na pintura da EFVM/CVRD, marron e branco...



Atualmente, com o controle da VALE, as SD40-2 da EFC começam a receber a pintura no padrão da VALE quando passam por reforma.

Apresentando o modelo da SD40-2 em "ho", recebido recentemente via correio.



Após aberta a embalagem é possível checar se chegou sem danos.



Um modelo da Bachmann, cuja embalagem, já conhecida nossa, permite o transporte com segurança.



A pintura original da Union Pacific é muito bonita, mas com as cores da EFC vai ficar muito mais atraente...



Fora da embalagem o tanque da SD40-2 chama a atenção, parece ser diferente dos modelos Bachmann pintados por mim anteriormente, e realmente é deiferente. Este tanque é de metal, ao contrário dos outros modelos que são do mesmo material plástico que é feita a carcaça.



Hand rails em plástico, parece tudo em ordem...






Ops...
Esse tanque está parecendo muito com o modelo da Athearn, no modelo da Bachmann o tanque é encaixado, neste o tanque faz parte do chassis...



Operação de costume para checagem do modelo, ao retirar os parafusos dos engates notei que havia diferença também no suporte e nos engates em relação ao modelo da bachmann...




Então... "Voilá"!
Trata-se realmente de um modelo Athearn



Apesar da carcaça parecer com a da Bachmann, há detalhes diferentes, principalmente no teto, onde aparecem rebites em relevo, uma característica do modelo da Athearn. O chassis e a mecânica também são diferentes, e certamente é um modelo da Athearn.
Agora o primeiro passo é contatar o cliente, o amigo Ednardo, e verificar se ele sabia que o modelo dentro da caixa da Bachmann era da Athearn.

Ok, dúvida sanada.
O Ednardo confirmou saber que o modelo era Athearn, apenas em uma caixa da Bachmann... menos mal.

Bem, como de costume, após desmontar o modelo destacando a carcaça do chassis e retirando os detalhamentos e acrílicos da carcaça, é preciso deixá-la de molho no álcool isopropílico dentro de um recipiente cilíndrico vedado para retirar a tinta da pintura original.

Esse processo durou 72 horas, e depois disso a carcaça é colocada em um recipiente retangular aberto e a pintura já apresenta uma aparência muito diferente do momento em que foi retirada da embalagem...



Utilizando uma escova de dentes com a ajuda do próprio líquido em que esteve de molho, a carcaça vai aos poucos sendo limpa e podemos verificar que antes da cor amarelo o modelo foi pintado totalmente na cor cinza, ambas formando o padrão de pintura da Union Pacific.



Em pouco tempo temos a cor original do plástico da carcaça sendo revelado...

Pronto!
Totalmente limpa após um banho de água e detergente neutro a carcaça da SD40-2 está pronta para receber o fundo preparador para a pintura.



Fundo aplicado, aguardamos a secagem e o momento de dar continuidade à pintura.



Agora o modelo já recebeu um fundo de tinta na cor branca, assim teremos melhor resultado ao aplicarmos a cor bege do padrão de pintura da EFC.

O padrão de pintura da EFC é formado por um bege e um marrom avermelhado que, na minha opinião, formam um conjunto bastante harmonioso e coerente com o produto transportado pelos trilhos da Estrada de Ferro Carajás.

Além disso, o grafismo da pintura da EFC é de extremo bom gosto e beleza.

Aqui a SD40-2 #403 EFC já recebeu a pintura na cor bege.




Agora é o momento de fazer as máscaras para a pintura da cor marrom.
Primeiro é preciso aplicar as máscaras para proteger a pintura bege.













Depois de aplicar a tinta marrom o resultado é esse:











Agora retiramos as máscaras e podemos ver como ficou

Esse padrão de pintura da E. F. Carajás tem uma folha de decais produzida pelo Carlão, mas não para a SD40-2. Então dessa vez foi necessário que fizéssemos alguns cortes nos decais da numeração de outra locomotiva para termos o numeral da SD40-2 #403.

Esse procedimento foi bastante difícil pois o ângulo dos números impedia que os cortes fossem os mesmos para todos os números, com isso ocorreram alguns vazios após aplicar os decais e foi necessário preenche-los com pequenos pedaços de decal na cor marrom ou então fazendo retoques com tinta utilizando um pincel.

Isso demora e foi preciso ser feito com cautela.

Depois de corrigidos os detalhes das falhas dos decais é hora de fazer as listras zebradas do varandão dianteiro.
primeiro passo é proteger as partes já pintadas de marrom e bege, depois é feita a pintura na cor amarela.

Após aplicar a tinta amarela é possível fazer as máscaras das listras.





No nariz do corpo longo também é feita uma proteção, pois será necessário aplicar a cor preta em todo o passadiço, inclusive no varandão dianteiro, onde as máscaras protegerão o amarelo para depois disso termos o zebrado preto e amarelo.

Tudo pronto.
Cor preta aplicada e o resultado final é o esperado...

Faltando apenas alguns detalhes como os numberboards, fiz algumas fotos para enviá-las ao cliente, o amigo Ednardo afim de que confirmasse estar de acordo com o resultado da pintura feita...











O Ednardo retornou o e-mail solicitando que fosse feito o zebrado também na varanda traseira da locomotiva.
Confesso que não havia notado esse detalhe nessa locomotiva. As fotos que tive acesso apenas mostravam o zebrado na dianteira e nenhuma foto tinha foco na varanda traseira.
Encontrei esse detalhe em um modelo ho pintado pelo "mestre" Gilser.

Mãos à obra...

Próximo passo é desmontar os detalhamentos para fazer o zebrado.

Basicamente foi aplicado o mesmo procedimento de mascaramento de proteção das partes pintadas de marrom e bege...

Depois foram aplicadas as máscaras das listras pretas, para aplicar a tinta amarela.

Segue o resultado

Finalizado o envelhecimento com giz pastel e também com tinta partimos para as fotos finais do modelo.